terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

BIODIVERSIDADE

Todos os anos a Secretaria de Educação do Município de Curitiba promove uma série de discussões a respeito da BIODIVERSIDADE. Este ano o tema escolhido foi a "Evolução da Vida" para o ciclo I do Ensino Fundamental. Para tal, escolhemos o livro "Lolo Barnabé" da Eva Furnari para dar introduzir o assunto junto às crianças.

No tempo em que as pessoas moravam em cavernas existiu um homem muito criativo e inteligente chamado Lolo Barnabé.


Aos vinte anos, lolo casou-se com Brisa. Ela também era como ele, criativa e inteligente. Casaram-se por amor. Muito amor.
Depois da lua-de-mel, escolheram a melhor caverna da região para morar e, logo no primeiro ano de casamento, tiveram um filho, o Finfo Barnabé, também criativo e inteligente.


Todos ao dias, Lolo saía para caçar e colhe frutas. A noite, sentavam-se todos em volta da fogueira, assavam a carne, cantavam canções e agradeciam a Deus pela beleza da vida.



Eram muito felizes... mas nem tanto
A caverna era úmida.
Por essa razão, Lolo e Brisa acharam melhor construir uma casa no alto do moro.
Teriam mais conforto e poderiam viver melhor.
Lolo, que era muito habilidoso, fez uma casa linda, e a família, animada, mudou-se para lá. Brisa queria que a casa fosse amarela e lolo, que amava a esposa e lhe fazia todas as vontades, pintou a casa de amarelo.

O tempo passou e eles estavam felizes... mas nem tanto.
Brisa não gostava de vestir aquela pele de animal. Sentia frio.
Então eles tiveram a idéia de fazer roupas mais adequadas. E, como ela também era habilidosa, inventou o vestido.Ficou animada e, em seguida, inventou o sutiã, a calcinha, a cueca, a camisa, a calça, a bermuda e o pijama. E Lolo inventou sapatos que combinassem.
Todos ficaram felizes... mas nem tanto.
Brisa achou que faltava uma coisa e falou para Lolo:
- Amor, não podemos deixar nossas belas roupas pelo chão. Você não acha que poderíamos fazer assim uma especie de móvel para guardar a roupa?
Lolo achou que era uma excelente idéia, tudo ia ficar mais limpo, e inventou o guarda-roupa. Como era muito habilidoso, fez um grande armário de cerejeira, cheio de gavetas, portas e puxadores cromados.
Finfo adorou, já tinha um lugar para se esconder quando brincasse de esconde-esconde com o pai.

Todos ficaram felizes... mas nem tanto.
Lolo tinha feito uam bagunça danada para construir o armário e Brisa ficou irritada.
Lolo, então, para acalmar a mulher, inventou a vassoura e achou que era melhor já fazer uma oficina longe de casa para não atrapalhar a felicidade do lar. E fez.


Todos ficaram felizes... mas nem tanto.
No lar havia problemas. Finfo acordava sempre com o pijama sujo depois de dormir no chão.
Brisa discutiu a questão com o Lolo e eles acharam que podiam construir uam espécie de coisa assim, de madeira, com quatro pés, macia por cima. Ia ser muito mais confortável e a vida deles ia melhorar.



Lolo pensou bastante, trabalhou muito e inventou a cama. Como todos sabem, Lolo era caprichoso, e já inventou a cama com colchão, cobertor e travesseiro.
Brisa ficou encantada, principalmente com o travesseiro, que era a coisa mais macia do mundo.
Todos ficaram felizes... mas nem tanto.
Como eles almoçavam e jantavam em cima da coisa macia, a cama, estavam sujando muito os lençóis.
Lolo, então, inventou a mesa.

Todos ficaram felizes... mas nem tanto.
Acharam muito desconfortável comer de pé.Lolo trabalhou bastante e inventou a cadeira. Muito confortável, muito confortável mesmo, bem melhor que comer em pé. Aproveitou para ficar sentado por mais de uam hora, pois ele estava cansado de tanto inventar e construir coisas, além decaçar e colher frutas é claro.
Todos ficaram felizes... mas nem tanto.Lolo e Brisa estavam achando que cozinhar na fogueira dava muito trabalho e eles não queriam trabalhar tanto. Se inventassem algo mais prático, teriam mais tempo para ficar juntos, se divertir e descansar. Inventaram, então, o fogão a gás.

Todos ficaram felizes... mas nem tanto.
Lavar a roupa lá no rio também era coisa dura. Brisa e Lolo queriam facilitar essa tarefa. Pensaram muito e inventaram a água encanada e o tanque. E, já que tinham inventado a água encanda, inventaram logo o banheiro para não ter que ir no mato, a noite, no frio.
Deu trabalho, Lolo já trabalhava oito horas por dia, inventando e construindo coisas e, apesar do cansaço, o resultado compensava.
O banheiro ficou maravilhoso.
Fizeram uma festa com o sabonete, o xampu, o condicionador, o creme hidratante, a esponja de banho, o talco, o papel higiênico, o perfume, o mercurocromo, o algodão, a gaze, o esparadrapo, o cotonete, etc...
Lolo adorou o creme, a lamina de barbear, a loção pós-braba, o barbeador elétrico, o desodorante, etc...
Ficaram encantados com a escova de dentes, o creme dental, o protetor solar, o colírio, etc....
Divertiram-se muito com o pente, a escova, o grampo, o secador de cabelo, etc....
E enlouqueceram de alegria com o espelho.

Todos ficaram felizes... mas nem tanto. 
Lolo tinha tanto trabalho e passava tantas horas por dia fora de casa, inventando coisas para dar conforto e facilitar a vida, que ficava estressado e com saudades do filho, que sempre estava dormindo quando ele chegava. Então Lolo inventou o tlefone, para que lês pudessem se falar diversas vezes por dia.
Todos ficaram felizes.... mas nem tanto.Pelo telefone não dava para abraçar, nem beijar. Então tiveram a idéia de Brisa ajuadá-lo na oficina, assim Lolo poderia chegar mais cedo do trabalho para abraçar e beijar o filho.


Todos ficaram felizes... mas nem tanto.
Brisa e Lolo, a noite, quando chegaram do trabalho, depois de abraçar e beijar o filho Finfo, ainda tinham que lavar a louça, a roupa, fazer o jantar, passar pano no chão e ficavam cansados, irritados, briguentos e enjoados de fazer todos os dias aquilo tudo. Naquele tempo ainda não tinham inventado a pizza delivery.

Acharam que a solução era facilitar as tarefas. Pensaram tanto que quase fritaram o cérebro quando inventaram, de uam so vez: o liquidificador, a batedeira a centyrifuga, a cafeteira, o espremedor, a garrafa térmica, etc...
O microondas, a torradeira, a sanduicheira, etc...
A maquina de lavar roupa, o sabão em pó, o detergente, o amaciante, o alvejante, o desinfetante, etc...

A geladeira, o freezer, a despensa, etc...
A maquina de lavar louça, a secadora, o balde, o esfregão, a lata de lixo, etc...
O carpete, o aspirador de pó, o tira-manchas, etc...
E, finalmente, inventaram o fim de semana, que ninguém é de ferro.

Todos ficaram felizes.... mas nem tanto.
Sempre tinha algum aparelho que encrencava e isso era dor de cabeça danada.
Eles tinham que levar para a oficina para consertar e, como já estavam acostumados com o conforto, ficavam extremamente irritados e impacientes de fazer as coisas na mão. Coisinhas como lavar a louça, a roupa, bater ovos....

Além do mais, a família Barnabé, agora era chique.
Lolo, Brisa e Finfo passaram a achar importante estarem sempre bonitos e elegantes. Não queriam mais andar de qualquer jeito, com a roupa amarrotada.
Não ficava bem.
Lolo inventou, então, o ferro de passar.


Todos ficaram felizes... mas nem tanto.
Dava um trabalho danado passar a roupa. E Brisa não tinha mais tempo, afinal ela trabalhava fora.
E Lolo, dessa vez, não se sabe por que, não conseguiu inventar uma máquina de passar roupa. Deve ter dado um tilt nas idéias dele
.
Mas é compreensível, porque, afinal, ele também era humano e as vezes falhava.
Lolo ficou muito depremido e pensativo
mas a mulher foi compreensiva e arranjou uma solução: chamou sua prima para vir todos os dias passar a roupa.
Era uma ótima idéia, porque ela poderia fazer também as outras coisas na oficina.

A prima queria alguma recompensa por trabalhar na casa e então inventaram o dinheiro e deram para ela um salário. Como era pouquinho, chamaram de salário mínimo.
Todos ficaram felizes... mas nem tanto.
Finfo ficava sozinho o dia inteiro sem mãe nem o pai por perto. Sentia-se infeliz, não tinha com quem brincar, já que a prima de brisa também so ficava cuidando da casa.Então lolo e brisa inventaram a televisão, o sofá e o controle remoto.
Todos ficaram felizes... mas nem tanto.
Eles chegavam a noite tão cansados do trabalho e o Finfo querendo brincar e eles querendo descansar que acabavam brigando. Depois, também, cansados de brigar, sentavam-se todos na frente da televisão e ficavam hipnotizados e mudos como sacos de batata.
A família Barnabé sentia que aquilo não estavam bom.
Havia alguma coisa errada naquela historia, mas ra difícil, entender o que é que estava errado.
A situação parecia um grande nó.
Lolo e Brisa pensaram logo em inventar mais alguma coisa, mas pela primeira vez bao sabiam o que fazer. E, na verdade, pela primeira vez também perceberam que não era o caso de inventar mais nada.
Então eles foram para o quintal, acenderam uma fogueira e sentaram-se em volta dela, muito tristes buscando uma saída.
Olhando para o fogo, entenderam que eles mesmos tinham criado aquela situação.
Era uma armadilha.
Ficaram muito infelizes... mas nem tanto.
Lolo contou uma historia e Finfo contou outra. Brisa entoou uma canção e lembrou-se de fazer algo que havia muito tempo não fazia: agradecer a Deus pela beleza da vida.
Finalmente entenderam que, se eles mesmos tinham feito aquela armadilha, eles mesmos poderiam desfaze-la.
Eles eram bem criativos e inteligentes.

(a cópia do livro está disponível no blog: http://lolobarnabe.blogspot.com/search?updated-max=2007-07-23T09:56:00-07:00&max-results=7)

A partir da leitura do texto, buscamos algumas atividades relativas a evolução e encontramos este projeto no site da revista Nova Escola:



Objetivos
Conhecer as características da postura bípede, suas vantagens e seus ônus à nossa saúde e sobrevivência.
Conteúdos
Anatomia comparada e evolução
Tempo Estimado
Três aulas
Introdução
Andamos em pé. Esta condição, aparentemente simplória, sintetiza milhões de anos de evolução e representa uma grande mudança em relação aos nossos parentes primatas. As vantagens desta postura, bem como o preço que pagamos por ela são ótimos assuntos para a sala de aula. Levante e se mexa!
Desenvolvimento
A matéria de Veja "Posturas Inimigas" traz uma série de erros de postura que cometemos diariamente e que comprometem nossa saúde. Grande parte destes problemas decorre de nossa postura bípede, única (a não ser pelo canguru) entre os mamíferos! Convide a turma a entender este advento, conhecer as origens e características do bipedalismo.
1ª Aula
Comparando esqueletos
Leia com a turma a matéria de VEJA. Peça para que diferentes alunos leiam cada uma das situação exemplificadas na matéria. Divida a turma de modo que, durante parte da aula, cada grupo se mantenha em uma das posturas inadequadas. Assim, um grupo de alunos permanecerá de pernas cruzadas, outro grupo ficará em pé apoiado sobre uma única perna, outros estudantes ficarão sentados sobre uma perna etc.
Mostre para a turma o esqueleto de diferentes mamíferos. Você pode encontrar estes equeletos em livros didáticos, sites e atlas de anatomia. Pode ainda levar apenas imagens de diferentes exemplos (morcego, baleia, macaco, cavalo, girafa, elefante etc.) e pedir que os alunos imaginem seus esqueletos. Se a escola dispor de um modelo de esqueleto humano, leve-o para a sala de aula.
Peça que os alunos identifiquem algumas estruturas importantes em cada um dos animais. Clavícula, bacia, crânio, ossos dos membros de locomoção, dedos etc. Onde fica, por exemplo, a bacia de um golfinho? E os dedos de um morcego?
Durante a aula, peça que os alunos relatem como estão se sentindo nas posições descritas como incorretas na revista. Onde dói? Que músculos e ossos sentem desconforto? Deixe-os a vontade para abandonarem a postura se o incômodo for muito grande!
2ª Aula
Por que em pé? 
Agora investigue com a turma o que eles pensam sobre o fato de semos os únicos mamíferos bípedes (Ok, o canguru também anda e salta sobre duas patas, mas tem a cauda para auxiliar!). Esta postura surgiu entre os hominídeos - a data não é muito exata, mas algo entre sete e 4,5 milhões de anos atrás - enquanto seus antecessores, bem como os macacos atuais, são arborícolas.
Teoria esta mudança de postura alguma relação com a oferta de alimentos? Ou com a reprodução?
Ainda não há um consenso entre os paleontólogos sobre esta questão. Uma possibilidade é a chamada "Hipótese da Savana". Sabe-se que, entre quatro e sete milhões de anos atrás, a savana africana (berço da humanidade) se expandiu, resultando em um ambiente propício ao bipedalismo: mais altos, os bípedes enxergam mais longe, alcançam outros alimentos etc.
Outra teoria é que, ainda em florestas fechadas, viveu o Ardipithecus. Do porte de um chimpanzé, seus dedões do pé sugerem a postura bípede, que estaria relacionada ao comportamento social: fêmeas se dedicavam às crias (a visão é beneficiada) e machos traziam comida para a família (alcançavam mais alimentos).
O que nenhum cientista questiona é a postura bípede do Australopithecus, comprovada em pegadas de 4,4 milhões de anos.
Debata com seus alunos quais as vantagens de se manter e de se locomover em pé? Na verdade não existem vantagens - a matéria de VEJA deixa isso bem claro - mas sim novas possibilidades.
A maior delas é o menor gasto energético. Diversas pesquisas indicam que andar apoiado em quatro patas dispende muito mais energia do que o caminhar sobre duas delas. Assim, a busca por alimentos e abrigo se tona menos custosa, permitindo deslocamentos maiores, colonização de novos espaços, migrações mais amplas.
Nesta postura, os membros anteriores podem se dedicar à manipulação de objetos, à construção de ferramentas e estão livres para obter alimentos antes inacessiveis - os machos podem, assim, oferecer mais alimentos às fêmeas, o que beneficiaria a manutenção dos mutantes bípedes.
Oriente a turma a registrar estas informações e o debate realizado em classe.
3ª Aula
Evolução de primatas
Agora é o momento de agregar aquilo que se aprendeu nas duas primeiras aulas, propondo uma comparação entre os esqueletos dos primatas, tendo em vista os custos evolutivos de cada modificação.
Mostre para a turma a seguinte imagem:
Imagem


Peça que, em dupla ou trios, identifiquem as grandes mudanças esqueléticas e as relacione com vantagens e desvantagens funcionais. 
Os alunos devem perceber que: 
- Nos bípedes a coluna tem mais curvaturas e que isso representa mais mobilidade e mais dores, consequentemente!
-  a sustentação vertical da cabeça permite melhor aproveitamento dos órgão sensoriais enquanto requer mais esforço cardíaco; 
- as diferentes proporções nos ossos dos membros, permitem explorar diferentes ambientes, locomover-se de modos variados;
- caixa craniana e volume do cérebro em proporção ao restante do corpo, traz também mais peso e requer maior proteção;
- pés como plataforma única de sustentação
Oriente a moçada a perceber outra grande possibilidade do andar bípede: com a diminuição da insolação no dorso e aumento da área "refrigerada" pelo vento frontal, há um melhor controle da temperatura corporal e, consequentemente, da eficiência metabólica. 
Avaliação
Os trabalhos dos grupos de alunos certamente irão refletir a qualidade do aprendizado. Oriente os grupos a sintetizar o que aprenderam neste trabalho, com desenhos e esquemas que evidenciem os custos de uma postura ereta. (http://revistaescola.abril.com.br/ensino-medio/pe-importancia-bipedalismo-evolucao-humana-627796.shtml)

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